segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

E os ricos? cada vez mais ricos

Êta mundo triste e desigual. A Oxfam, uma organização filantrópica internacional de ponta, divulgou hoje (21 de janeiro) seu novo relatório sobre as desigualdades econômicas no planeta.
E os dados são estarrecedores.



Por exemplo: apenas as 100 pessoas mais ricas do mundo ganharam no ano passado 240 bilhões de dólares, o suficiente para tirar da extrema pobreza todas as pessoas da Terra que vivem nesta condição. E não uma, mas quatro vezes.

Nos últimos 20 anos, o 1% mais rico da população aumentou sua riqueza em 60 por cento, e o 0,01% mais rico teve crescimento ainda maior. A crise econômica não afetou os super-ricos, eles simplesmente ficaram ainda mais ricos.
O mercado de bens de luxo aumenta mais de 10% ao ano desde que a crise começou.
O relatório da Oxfam descreve bem a coisa ao dizer que "a extrema riqueza é antiética, economicamente ineficiente, politicamente corrosiva e ambientalmente destrutiva".
O crescimento da desigualdade se revela um fenômeno global. Na Grã Bretanha ela está retornando a níveis dos tempos de Charles Dickens. Na China, uma recém chegada à economia de mercado, os 10% mais ricos já detêm 60% do PIB nacional. A China se aproxima dos indicadores da África do Sul, atualmente o país mais desigual e com índices piores do que os do tempo do apartheid. Nos Estados Unidos a riqueza dos 10% da elite dobrou desde 1980, eles passara a ter 20% do PIB e antes tinha 10%. Já a nata da nata, os 0,01% riquíssimos, quadruplicaram suas fortunas no mesmo período.
A concentração de tanta riqueza diminui a atividade econômica: "Dos paraísos fiscais a leis trabalhistas fracas, os ricos se beneficiam de um sistema econômico que está montado para seu benefício", diz o relatório.
E mais:  mesmo em democracias, as políticas nacionais passaram a ser controladas pelos super ricos, o que leva a legislações que favorecem aos ricos e não aos pobres.
O relatório foi divulgado uma semana antes do Fórum Econômico de Davos. Lá, ninguém vai dar bola para ele.



Nenhum comentário:

Postar um comentário