sábado, 19 de janeiro de 2013

Trapaças infelizes no esporte

É claro que você já sabe tudo das monumentais e nojentas trapaças do Lance Armstrong, confessadas para a Oprah Winfrey.
E também sabe que o seu Lance certamente não foi o primeiro ou o único a tentar trapacear em esportes - a tentativa de fraude deve existir desde o primeiro jogo de qualquer esporte. Muita gente foi pega com doping em Olimpíadas e outras competições.
Algumas destas fracassadas trapaças se destacam por sua ingenuidade ou falhas de concepção.
Veja só:


Rosie Ruiz, uma completa desconhecida, venceu a Maratona de Boston de 1980 com um tempo recorde para mulheres. Foi um espanto: ela era completamente desconhecida. Mas aí começaram a desconfiar: ela não tinha físico de maratonista e estava muito pouco suada quando cruzou a linha. Aí começaram a averiguar, descobriram que ninguém a havia visto em outras partes do percurso. E finalmente descobriram a verdade: a Rose tinha entrado na corrida apenas um quilômetro antes da chegada.


Os irmãos Fika e Sergio queriam porque queriam vencer a corrida dos Camaradas de 1999, na África do Sul,  um teste de resistência de 90 quilômetros, mais do que duas maratonas. E como eram gêmeos, inventaram de ganhar como um só competidor: Fika largou, correu 30 quilômetros, entrou numa toalete onde o esperava o Sérgio. Trocaram os tênis com os chips que monitoravam o percurso de todos e o Sergio seguiu adiante. Mais 40 quilômetros e o Fika novamente assumiu a corrida até a chegada.
A grande vergonha é que com esta falcatrua eles chegaram apenas em nono lugar. E tudo foi descoberto porque, embora usassem relógios iguais, o do Sergio, um canhoto, estava no braço direito... Veja a diferença nas fotos.


Em 1968 o jornal londrino The Times resolveu patrocinar uma corrida como nunca antes se havia visto: um grande prêmio para o velejador que conseguisse, sozinho e sem aportar, dar uma volta ao mundo. Não foram muitos os que se candidataram, e entre eles estava Donald Crowhurst, que todo mundo sabia que não tinha a experiência ou a qualificação necessária. O trajeto era da Inglaterra à Africa do Sul, aí virar à esquerda, atravessar todo o Pacífico, cruzar o Cabo Horn e subir o Atlântico novamente até a terra da rainha. E lá se foi o Donald.
Quando chegou à Africa do Sul ele viu que não conseguiria. E aí teve a ideia: em vez de ir para o leste ele foi para o oeste e ficou escondido pela costa do Brasil, esperando que passasse um tempo decente para subir o Atlântico de novo e anunciar que tinha dado a volta ao mundo. Nos tempos pré-GPS, ele mandava rádios informando posições falsas de sua embarcação, ninguém desconfiava. Mas a solidão e as mentiras pesavam. Seus relatórios via rádio foram ficando cada vez mais sem sentido, ele começou a mandar poemas incoerentes. Até que sucumbiu e afogou-se ao lado do barco ancorado.


Esta foi das mais vergonhosas. Nos jogos paralímpicos de Sydney, em 2000, o time de basquete da Espanha na categoria deficientes mentais derrotou todos os adversários com a maior facilidade. Nem podia ser diferente: o técnico, muito esperto, botou a jogar pessoas normais. Depois do título a mídia espanhola começou a receber informações de que todos eram saudáveis e alguns tinham até diplomas universitários. O técnico e 10 dos 12 jogadores foram banidos do esporte.

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